Roubo de cargas contribui para finanças do tráfico
Em quatro anos, o registro desse tipo de assalto teve um aumento de 154%; é pelo menos um ataque por hora, em escalada que a polícia atribui a grupos do crime organizado. Salvo por um período, não muito curto, mas de qualquer forma delimitado no tempo — entre as décadas de 1990 e 2000 —, quando apostou no roubo de carros, revendidos no Paraguai, para financiar a compra de armas, as quadrilhas de traficantes do Rio de Janeiro costumam manter um perfil de “negócios” monocromático. A venda de drogas, feita em locais de distribuição em larga escala ou através de seus próprios “pontos”, tem se mantido como o carro-chefe dos lucros dessa vertente do crime organizado.Mas, em face de um mercado que, mesmo clandestino, não escapa aos efeitos de uma crise econômica que também se reflete no seu caixa, e igualmente em razão da concorrência de grupos de outros estados que migram para favelas fluminenses, o tráfico do Rio de Janeiro parece apostar agora na diversificação de ações.
