Ex-militar é preso por envolvimento em roubos de carga
O ex-militar foi localizado em casa, em um condomínio de luxo em Jundiaí. Investigação aponta a participação dele em pelo menos 20 assaltos. Ele foi identificado como principal integrante de uma quadrilha de roubo de cargas que atuava em todo o estado de São Paulo guardava um arsenal de fuzis e metralhadoras em casa.
Um ex-cabo do Exército foi preso nesta terça-feira (20), em Jundiaí (SP), por suspeita de envolvimento em pelo menos 20 roubos de cargas na região. De acordo com investigações de policiais do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), ele foi localizado na casa onde morava, em um condomínio de luxo da cidade.O condomínio fica às margens da rodovia Dom Gabriel, que liga Jundiaí a Itu (SP).
Logo pela manhã, várias viaturas da Polícia Civil estiveram no local e fizeram a prisão do suspeito. Um carro de luxo também foi apreendido. Ainda de acordo com informações de policiais do Decade, o ex-militar foi expulso há 10 anos da corporação. O motivo não foi informado. A operação que prendeu o suspeito também identificou e fechou uma fábrica de cigarros falsos em Mairiporã (SP) e uma refinaria na Zona Norte de São Paulo.
Na capital, os policiais encontraram também cinco metralhadoras, sendo que uma delas pertence a Polícia Militar do Estado de São Paulo. O ex-cabo foi levado para uma delegacia da capital e encaminhado para um presídio. O local foi cercado por investigadores de delegacias especializadas de São Paulo e, no imóvel, foram encontradas duas metralhadoras – uma delas da Polícia Militar de SP, além de três fuzis, entre eles um AK 47, de fabricação russa. Foram encontrados também equipamentos com antenas conhecidas como "jammer", que bloqueiam o sinal de rastreamento dos caminhões. Um carro de luxo também foi apreendido.
A polícia ainda encontrou quase 20 celulares e outros aparelhos telefônicos novos que haviam sido roubados de uma carga. José Ailson foi cabo do Exército, mas teve a carreira militar interrompida depois que foi expulso da corporação há pelo menos 10 anos. Durante os quatro meses de investigação, a polícia descobriu que os ataques aos caminhões de carga eram apenas uma das ações criminosas da qual fazia parte.
De acordo com a polícia, o ex-militar é suspeito de manter em Mairiporã (SP) uma fábrica clandestina de cigarros, que tinha maquinário pesado. Na Zona Norte de São Paulo, ele também gerenciava um laboratório de refino de cocaína. Para chegar a Ailson em Jundiaí, os policiais seguiram pistas de um carro após o roubo de carga na região do aeroporto de Guarulhos.
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