Traficantes usavam caminhão clonado no Roubo de Cargas no RJ
Policiais da 75ªDP (Rio do Ouro) apreenderam um caminhão clonado, utilizado por criminosos para roubos de carga, na manhã de ontem, em Maria Paula, São Gonçalo.

Os agentes investigam a quadrilha há quatro meses e descobriram a placa e o modelo do veículo. Após receberam informações a respeito de sua localização, o caminhão foi apreendido na Rua Geraldo Bert, no Campo Novo. No interior do baú, os inspetores encontraram uma carga de móveis das Casas Bahia roubada, avaliada em cerca de R$ 10 mil.
O que surpreendeu os policiais foi o fato de que até o lacre da placa do caminhão clonado era igual ao do veículo legalizado. O automóvel também possuía documentação atualizada do Detran.
Segundo os agentes, também será feita uma investigação, com a colaboração da corregedoria do órgão estadual de trânsito, para descobrir quem são os responsáveis pela clonagem e a confecção dos documentos.
Quadrilha de roubo de carga - De acordo com a apuração da polícia, os ladrões seriam todos oriundos do Campo Novo e a principal área de atuação deles seria em bairros vizinhos, como Arsenal e Tribobó. Os criminosos estariam agindo sob as ordens do chefe do tráfico da comunidade, Alberto Pietro da Silva Baunilha, de 34 anos, que está preso. A polícia agora segue as investigações com o objetivo de identificar os integrantes da quadrilha de ladrões de carga e solicitar suas prisões à justiça. Além disso, os agentes da 75ªDP tentam identificar os receptadores das cargas. Uma reportagem publicada na edição da última segunda-feira em O SÃO GONÇALO mostra que a grande maioria dos roubos de carga na região estão sendo planejados por traficantes de drogas, segundo investigações da Polícia.
Além de comercializarem os produtos a preços muito mais baixos que o do mercado para ‘agradar’ moradores, também abastecem comércios e pontos de camelotagem clandestinos. Em alta desde o ano passado, a prática se intensificou muito a partir do início de 2017.
Em São Gonçalo, os números são alarmantes quando comparados a Niterói e Maricá. Na primeira cidade, o Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou, nos dois primeiros meses do ano, nada menos do que166 roubos de cargas, uma média de um roubo de cargas por dia.
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