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Onerat - Megaoperação contra roubo de cargas acaba com 2 mortos e 24 presos. Cobertura Completa

Dois homens morreram e pelo menos 24 foram presos na manhã deste sábado (5), na segunda fase da ação integrada das Forças Armadas com as polícias estadual e federal desde a chegada das tropas ao Rio. A Operação Onerat busca combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas, une cerca de 5 mil homens com o objetivo de cumprir 55 mandados: 40 de prisão e 15 de busca apreensão (acompanhe a cobertura em tempo real).


A megaoperação, realizada em seis favelas da cidade, marca o início da segunda fase da atuação das tropas militares no estado, após decreto do Governo Federal. A investigação partiu da 26ª DP (Todos os Santos).


Veja abaixo o vídeo com a matéria completa

Por volta das 6h30, o complexo de favelas do Lins já estava completamente ocupado, após cerca de duas horas do início da ação. Moradores relataram em redes sociais o som de tiroteios e de bombas na comunidade.


Em entrevista à TV Globo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a permanência das tropas seguirá por tempo indeterminado

Roubo de Cargas

"Nós vamos permanecer no local até que os objetivos sejam atingidos. Pode ser 24 horas, no fim de semana, três dias, 15 dias", disse Jungmann. "O objetivo, como sempre, é aquele que nós dissemos anteriormente, de bloquear o crime organizado, efetuar o efeito surpresa."


A coordenação da Onerat – carga, em latim – é feita pela Secretaria de Estado de Segurança do Estado (Seseg), por meio da ação das polícias Civil e Militar, com o apoio do Comando Militar do Leste (Exército, Marinha e Aeronáutica), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública. Cerca de 50 profissionais de todas os efetivos estão no Centro Integrado de Comando e Controle.


Clique nas imagens para ampliar


Segundo a Seseg, os agentes atuam nos Complexos do Lins e Camarista Méier, na Zona Norte. Há ainda operações nos morros de São João, no Engenho Novo, e Pedreira e Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte; e Covanca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.


Jefferson Abilio da Silva Cavalcante, de 19 anos, foi baleado no braço direito e no tórax em troca de tiros com policiais no Morro São João. Ele chegou a ser levado para o Hospital Salgado Filho, mas não resistiu. Ele já havia sido preso por roubo de cargas em julho de 2016 e foi solto em março deste ano. Com ele, foi apreendida uma pistola.


Uma dos presos é Fernando de Almeida Oliveira, conhecido como Pulga, de 28 anos. Ele foi encontrado em uma padaria no entorno do Lins.

Ocupação em mata

As Forças Armadas estão responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e baseadas em pontos estratégicos. De acordo com o coronel Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste, participam da operação 3,6 mil homens do Exército e dos Fuzileiros Navais. São utilizados 514 veículos e 71 blindados militares.


Cerca de 200 homens das 42 delegacias da capital também participam.


Paraquedistas foram utilizados para ocupar a mata no entorno das comunidades, para impedir a fuga de traficantes, como informou o comentarista de segurança da TV Globo Fernando Veloso (veja no vídeo acima).

Algumas ruas foram interditadas e os espaços aéreos estão controlados para aeronaves civis nas áreas sobrepostas aos setores de atuação das Forças Armadas. Um dos locais fechados é a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, bloqueada em ambos os sentidos. Não há interferência nas operações dos aeroportos.


Disque Denúncia


O Disque Denúncia divulgou um cartaz com 15 dos principais procurados na operação (veja abaixo). A recompensa é de R$ 1 mil pelos bandidos Furinho, Nisinho, Jamaicano, Miguelinho, Maninho, Diel, Coroa, Piloto, Tchá Tchá, Hilton, Brancão, Vagner, Da Mata, Da Cabrita. Pelo traficante Da Russa, que de acordo com as denúncias é o comandante geral do tráfico em todo o Complexo do Lins. o valor é de R$ 30 mil. O telefone para contato é 2253-1177.

O coordenador do Disque Denúncia, Zeca Borges, disse que há pelo menos três dias o serviço vem monitorando as regiões onde ocorrem as ações deste sábado, passando informações às forças de segurança.


"Com os panfletos queremos mobilizar a população. Esperamos o máximo de denúncias.", disse.



Operação Roubo de Cargas



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