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ROUBO DE CARGAS 2017

Assim como aconteceu nas décadas de 1990 e 2000, quando o tráfico fez disparar os roubos de veículos, que eram revendidos no Paraguai para financiar o mercado de armas, atualmente as cargas desviadas representam para as quadrilhas uma mina de ouro no quintal de casa. Muitas indústrias e empresas de distribuição das mercadorias estão situadas justamente nas principais vias de acesso ao Rio que, por sua vez, são cercadas por favelas.

Os depósitos de empresas grandes, a maioria deles, ficam próximos a comunidades que têm alta incidência em roubo de cargas. De certa forma, isso facilita para o criminoso na hora de abordar o veículo e levá-lo até a comunidade, porque ele percorre um trecho muito pequeno, em que a chance de cruzar com um carro da polícia fica reduzida.

ROUBAR CARGAS É MUITO MAIS LUCRATIVO QUE O TRÁFICO DE DROGAS


E esse lucro vem dos receptadores, maus comerciantes que acabam fomentando toda essa estrutura criminosa. Os traficantes de droga resolveram investir o poderio bélico deles nisso, além disso, muitos bandidos estão sem função no tráfico de drogas e, por isso, migram para o roubo de cargas. Eles veem possibilidade de lucro muito fácil, em comparação com a venda de drogas.

 

IMPACTO DO ROUBO DE CARGAS NO CUSTO REPASSADO AO CONSUMIDOR
 

Os impactos do roubo de cargas aumentam os preços dos seguros e do investimento direto em gerenciamento de risco de transportes: escolta, monitoramento, sistemas de travas eletrônicas, uso de carrocerias blindadas. Quanto mais caro o produto, maior o impacto dos custos extras de segurança sobre o frete e maior o impacto final sobre o consumidor.

O presidente executivo da Associação de Supermercadistas do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz, afirma que há um risco iminente de falta de fornecimento de frango e carne. Ele complementa que a estimativa é que a alta do preço dos produtos mais visados pelos bandidos, em especial as carnes e bebidas, chegue a até 20%.

LEIS MAIS RÍGIDAS E PROIBIÇÃO DE ‘JAMMERS’

A Comissão Privada de Segurança (CPS), importante entidade não governamental voltada a Segurança no Transporte Rodoviário de Cargas, anunciou o lançamento de "Intimações formais" direcionadas aos órgãos normativos de segurança Publica, tais como, Secretária Nacional  de Segurança Publica, Ministério de Justiça e Secretárias de Segurança Publica de todos os estados da Federação. Há pedidos para aprovação de leis com punições mais severas para a prática de crimes de receptação, armazenamento e venda de produtos roubados,

 

Há também um pedido a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) objetivando a proibição do uso de jammers, aparelhos que embaralham os sinais de rastreadores e localizadores de veículos e cargas, comenta Igor Jesus de Almeida, Diretor Regional da Comissão Privada de Segurança.

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